Inteligência - Que tal desenvolvê-la?!

15 de jun. de 2010





A Diplomática surgiu na Idade Média, aliou-se à Paleografia para analisar documentos históricos; depois, ateu-se aos documentos jurídicos e, por fim, chegou ao séc XX totalmente renovada. Considera-se como a principal transformação da àrea as mudanças relativas ao seu objeto de estudo.



De acordo com Belloto, a partir dos anos 70 e 80, a Diplomática foi apropriada pela Arquivologia. Isto se justifica pela atenção à gênese documental e às atribuições, competências, funções, e atividades da entidade geradora/acumuladora; esses aspectos são aplicados em conjuntos orgânicos de documentos (vale lembrar que documento arquivístico é aquele orgânico e registrado).


Luciana Duranti é considerada um marco teórico na Diplomática Moderna:

"[...] Duranti publica, em 1989 e 1992, uma série de artigos no periódico Archivaria, que, em 1995, foi transformada no livro Diplomatics: new uses for an old science, com o objetivo de estender a aplicabilidade do método clássico diplomático aos documentos de qualquer tipo, incluindo aos arquivísticos. Duranti baseou-se nas superposições de que a Diplomática é uma ciência viva, e que seus conceitos e métodos poderiam ser usados para desenvolver sistemas digitais de produção e preservação de documentos." A Diplomática passa a se aplicar à documentos gerados na burocracia e, até mesmo, documentos gerados eletronicamente. Esse é um dos principais pontos: a possibilidade de analisar documentos de qualquer origem. Apesar disso, o foco da autora se fixa aos documentos registrados; ela atrela a Diplomática moderna ao campo Arquivístico.


Apesar disso, não há uma sistematização das suas idéias. Um dos motivos (definidos pelo grupo xD) se dá ao fato do estudo da Durantti não ser considerado concluído. Esse foco Arquivístico na Diplomática Moderna evidencia um grande problema do campo: os profissionais da àrea não possuem um viés específico para essa vertente. Além do campo diplomático ainda não ter sido muito explorados, os novos pesquisadores se voltam, em grande parte, para a Ciência da Informação.


Na Era da Informação, os arquivistas são inundados por problemas práticos do cotidiano; quando se inserem no mercado de trabalho, enxergam na realidade certas necessidades imediatas: cuidar de massas documentais acumuladas, gerir a demanda informacional, desenvolver processos técnicos; além disso, o alto índice de modernização aumenta vertigionosamente o crescimento na produção de documentos eletrônicos.


Esse excesso de tarefas práticas dificulta o desenvolvimento de pesquisa e o aprofundamento nessa àrea, pois as atenções voltam-se para a criação de soluções dos problemas imediatos. A falta de sistematização da literatura relacionada à Diplomática e Tipologia se mostra como um incentivo à falta de linhas de pesquisas para a esfera Arquivística. Falta para os profissionais da Arquivologia enxergarem a Diplomática como sua "menina dos olhos".

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